quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

RELIGIÃO EM ESCOLA PÚBLICA?









. "ENSINO RELIGIOSO" NAS ESCOLAS PÚBLICAS, UMA DISCIPLINA QUE NÃO DEVERIA EXISTIR NO BRASIL.

   Tantas informações sobre a "História das Religiões" já nos foram passadas durante a construção de nossa história revelando nela uma força política-ideológica-religiosa que coagiu a humanidade durante os séculos da Idade Média, e mesmo hoje, diante destes fatos históricos que não nos deixam dúvidas destas verdades, algumas de nossas instituições educacionais de ensino, na prática, ainda atuam fortemente nas mentes de nossos alunos induzindo-os a pensarem axiologicamente da forma como a religião quer. Mesmo que na LDB esteja escrito que o Ensino Religioso nas escolas não é direcionado ao ensino sobre fé ou religião, e sim sobre "O Transcendente" e a "transcendência", professores são coagidos pela força da "ignorância histórica" dos que obrigam este ensino de forma coersitiva da Idade Média, a falarem sobre "Deus" e religião por causa do desejo humano de criar um ser divino que lhes venham como resposta para suas buscas existenciais e pessoais, e ainda que a ninguém neste mundo, em qualquer época ou lugar, tenha sido revelada esta identidade divina, ao professor  querem dar a incumbência de dar "luz" a esta busca, e diante disso eu me pergunto: Quem, ou a qual ser humano foi revelada a identidade do divino para que deste ensino o professor se apodere levando-o assim a este encontro com a identidade divina e assim leve-o como luz e verdade única a uma sala de aula como verdade e ensino para todos os povos?         
    Professores conscientes são induzidos a ensinarem como na Idade Média e como consequência coagem de forma "legal" e institucional as mentes de seus alunos a terem que ouvir conteúdos que cabe à família tomar de conta deste assunto e não uma escola pública ou privada. 
    Não é obrigação da Educação  levar qualquer que seja a pessoa a um sistema ou ideologia religiosa e sim a uma consciência de cidadania, liberdade e igualdade. Lei e prática nunca encontraram afinidade neste país, a LDB e a Constituição Brasileira é realmente laica, mas sua aplicação nunca foi obediente à lei, prova disso é esta cerimonia de oficialização educacional, institucional e prática acompanhada de líderes religiosos que historicamente comandaram o ensino religioso obrigatório nas escolas públicas desde a sua formação, e este vídeo mais uma vez prova parte desta história onde mostra a oficialização do Ensino Religioso no Ensino Fundamental que foi acompanhada - como na Idade Média- pela representação religiosa repressora histórica deste país e do mundo, prova assim a falta de liberdade na prática neste ensino. 
     Os professores conscientes encontram grandes dificuldades ao ministrarem esta disciplina a crianças as quais ouvem o ensino espantadas diante das verdades históricas, chocando-as com a fé e a tradição ensinada por suas famílias e pela tradição religiosa que recebem através dela entrando em choque assim com as verdade históricas ministradas por professores realmente conscientes de sua docência chegando a culpar o inocente professor que tenta ao máximo, beirando ao estresse, ser um profissional da educação e não um sacerdote.            
     Quantos professores já sofreram abusos  acusados injustamente por discriminação religiosa sem nunca terem cometido tal infâmia e tudo isso devido interpretação pessoal de alguns de seus alunos ou pais de alunos, que, por terem-se sentido chocados com a realidade histórica das religiões condenaram os professores por uma discriminação que nunca existiu em sala de aula? Quantos atritos alguns  professores não passaram ou passam por terem que ser profissionais e não um "ser religioso" que por direito alguns nem religiosos são, mas por força do profissionalismo repassam um assunto de religião? 
    Cada aula é um laço para o professor, cada palavra expressada em direção ao ensino ele não sabe em que terreno está pisando por causa da subjetividade da interpretação do ensino, o professor não sabe o que a criança aprende em casa dentro deste subjetivismo religioso que a criança leva para a sala de aula, não sabe o que ela aprende em sua tradição religiosa e o professor não quer ser responsável pelos choques existenciais que o ensino histórico das religiões pode causar. Um professor não é psicólogo, um professor não é terapeuta, um professor não é pai e nem mãe de alunos para instruir religiosamente as crianças deste país e sim um formador de opinião livre de qualquer coação quer seja religiosa ou ideológica.

    Pobres professores, de mestres a sacerdotes?

    Que nossas crianças possam ter a oportunidade de conhecer sua história e poderem interpretá-la de forma livre num alvo de liberdade e união de todos os povos a fim de que encontremos soluções para problemas reais que o ser humano enfrenta, e a escola existe para isso.

   Parabéns ao criador deste vídeo, pois devemos cumprir a forma positiva do lema do nosso país "Ordem e Progresso", a forma científica de conduzir um povo com igualdade para todos

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