sexta-feira, 31 de março de 2017

O SILÊNCIO DO NASCIMENTO DE UMA MENINA





O SILÊNCIO DO NASCIMENTO DE UMA MENINA
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          Quando nasci menina, ninguém me disse que ser mulher seria difícil, ninguém me avisou que nos momentos de alegria eu teria que sentir dores, que nos momentos de prazer a dor seria a consequência, e diante disso manter-me em silêncio. 

     Quando eu nasci ninguém me avisou que eu iria ter que guerrear contra a inteligência egoísta dos homens, pois eles iriam tentar me subjulgar á condição menor que a condição deles, que eu teria que concorrer como se fosse menos inteligente, menos digna e que por mais que eu tentasse eu teria que manter-me de cabeça baixa pq o "homem sempre pode mais", e sempre "pode tudo" e á mulher caberia sempre a "condição de mulher".... 

         Ninguém me disse ao nascer que, eu teria que viver como se fosse numa guerra, num mundo onde eu teria que ficar sempre me vigiando, pois um homem pode dizer e fazer o que quiser, ser o que quiser sem jamais serem condenados, mas eu não poderia sobrepor a barreira do silêncio de minha própria natureza de mulher, esquecendo até da minha natureza humana, eu teria que ser uma santa: pura, recatada, dócil, educada, temperante, perdoadora, encantadora, sorriso terno, semblante pueril e acima de tudo a representação da doçura para poder tocar o coração dos débeis homens; e somente assim teria o respeito como pessoa humana.
            Esqueceram de me contar, e eu tive que aprender dia a dia, talvez pq isso tudo assustasse as mais sonhadoras das meninas:
-Só sendo mulher para sentir a dor de ser mulher nesse mundo onde pra que a mulher seja vista como gente tenha que separar um dia especial pra poder conscientizar o mundo que sou gente, que sou inteligente e posso ter "reconhecimento" dos homens pelo que sou. 
-Só sendo mulher para saber a dor de saber como é difícil ser vista apenas se vc tiver dentro dos padrões de exigência masculina para poder ter o respeito como uma "igual" e "semelhante".
        Diante de tudo isso minha alegria foi nos primeiros segundos do nascimento do meu primeiro filho, HOMEM, dizer a Deus num profundo agradecimento: obrigada, Deus, obrigada,  eu NÃO TIVE UMA MENINA, MEU FILHO É HOMEM! e em lágrimas peguei-o nos braços, e disse novamente: vc não é uma menina, vc é um homem!



Sandra Sucupira


sábado, 11 de março de 2017

Filosofia pra quê?




       A Filósofa  Sandra Sucupira faz uma reflexão sobre a Filosofia como uma ferramenta  de busca pela construção da identidade humana ao longo da História, e que é contínua, sendo o pensar  um dos  únicos instrumentos para a construção dessa identidade.
       Desta forma é a Filosofia um recurso tbm pedagógico como disciplina para os alunos do Ensino Médio sendo eles os futuros ´profissionais que verão a si mesmo como instrumentos de  construção  atuantes na  sociedade e  na história

 Sandra Sucupira.