sábado, 3 de agosto de 2013

UM NOVO RELACIONAMENTO.

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                        UM NOVO RELACIONAMENTO, VOCÊ ESTÁ PREPARADO?     

         Então você está amando de novo, está amando alguém. Tá bem, e  você decidiu ter este alguém a seu lado compartilhando sua existência e vida, e agora espera vê de forma concreta tudo que idealizou e esperou vê na outra pessoa neste momento de compartilhamento de existência e vida: quer ser amado, ter bons sentimentos, quer fazer amor de forma linda e romântica como se vê em filmes e novelas e além de tudo, você quer que ele, ou ela sejam companhias lindas, inteligentes, compreensivas e que, se possível, se comportem como nos clássicos do cinema. Até ai tudo bem, que mal há nisso? Nenhum mal. A diferença está entre o desejo e o objeto de desejo, entre a idealização e a experimentação,  e é aqui que começam as questões a serem resolvidas.
          Nossos desejos intui-nos a elaborar  planos sempre perfeitos, o mundo das ideias é um lugar  perfeito (Platão). Planejamos diligentemente a melhor forma como as coisas vão ser experimentadas dia a dia como numa viagem onde antes se planejam todas as possibilidades boas de um novo futuro, e isso nos anima, as emoções nos movem e nos fazem criar grandes expectativas, pois a falta de diligência e cuidado, isso em algumas pessoas, as vezes, não as fazem pensar nas possibilidades negativas que tiveram na vida, em relacionamentos anteriores, e se tiveram rejeitam as possibilidades que isso possa ocorrer novamente, e quem quer que isso aconteça de novo? Ninguém,“mas, se ocorrer" pensam estarem preparados para agirem diferente do passado, pois agora julgam-se "experientes para a vida". 
         Dai chega outro grande momento no curso da busca de um bom relacionamento amoroso, conhece-se uma nova pessoa que lhe trás de volta a esperança de viver um grande amor e se une a este novo alguém como numa nova oportunidade de viver de forma plena a vida a dois que sempre idealizou; não é preciso nem "casar no religioso" e 'nem no cartório", como muitos escolhem, pois o fato de desejar, amar e se relacionar com este novo alguém será o bastante para alcançar este alvo ideal humano, e decide compartilhar a sua existência seu “eu” tornando cúmplice da vida com a nova pessoa. O fato é que se uniram e tornaram-se cúmplices e co-participante da vida com a outra pessoa.
         Na cumplicidade da vida, nessa nova união, nesse novo  “casamento” surgem as primeiras emoções juntas, e é tudo lindo, não conseguem  ver defeitos, não conseguem ver algumas realidades do novo relacionamento pois o mundo é uma “perfeição” diante de tão lindas emoções, estão embebecidos de emoções e desejos de viver esta cumplicidade; porém as questões existenciais, comuns a todo ser humano vem a tona na realidade de cada um independente dos momentos extasiantes que cada um vive na cumplicidade mútua, existencial; então o homem não sabe lidar com os momentos existenciais da nova mulher, a mulher não consegue lidar com os momentos conflituosos existenciais da nova  vida a dois.. O que vai acontecer? Não estavam preparados para isso! O que fazer agora? Tudo está desmoronando! O amor foi pro espaço com todas aquelas "emoções perfeitas".
         O que será que acontece à maioria dos seres humanos que não estão preparados para a vida? Muitos deixam a vida correr por entre os dedos por não estarem preparados para viverem de forma mais profunda, consciente e de forma madura. Algumas pessoas renegam a possibilidade de cumplicidade, preferem ter a postura de baija-flores, sem compromisso com sua rosa. Ou aquele que está sempre fazendo nascer o desejo mas não lida com a prática diária do desejo. Ou outros experimentam a vida, as emoções como quem come sopa e por falta de paciência para terminar de degustá-la desistem no meio do prato e escolhe não mais apreciá-la; não aprendeu a degustar um lindo prato quente que lhe vem à mesa, e por causa da fome da vida, da pressa em saciar sua própria fome desiste de esperar esfriar as questões que ela trás e larga o prato sozinho à mesa, deixa questões por causa da ausência do saber lidar, de interagir e assim crescer como ser humano, pois desistir de crescer junto com o aprendizado humano é deixar de ser um pouco humano;  deixa de evoluir mais mais o seu lado humano.
         Quantas coisas  o ser humano deixa de ser enobrecido na vida pela desistência dela! Você  já desistiu de alguém pelo fato dela trazer questões que você não sabia lidar? Talvez você tenha deixado de navegar por momentos  muito mais profundos e extasiante da vida se pelo  menos tivesse tido a paciência de aprender a lidar com o que vida lhe deu como exercício para você aprender: lê um livro, ter uma boas conversas sobre as questões da vida, um "papo cabeça" com alguém; mas não desistir de um amor por não conseguir entendê-lo, ou que as coisas tenham-no feito desistir da vida por não entendê-la. O troféu da vida está em poder estar preparado para a vitória, e o que mais vemos são pessoas derrotadas por não se prepararem para a viagem mais emocionante que um ser humano possa fazer: relacionamento
         Se você trilhou um caminho até aqui e não experimentou esta grande viagem que é viver a vida, o dia a dia em um novo recomeço de forma a você ter consciência que vive de forma plena,  ou entrou em um caminho que não é o seu; comece tudo de novo, mas desta vez comece no caminho certo para que na história de sua vida você não tenha um livro cheio de contos e novelas que começam e terminam, e sim, que você construiu uma linda e emocionante História de Vida .


Filósofa, Sandra Sucupira.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Poema, Delírio


                                                             Delírio


Embale o baile que eu danço
som da minh’alma surda.
Nos toques dos teus sons sinto teu embalo
a soar no meu silêncio, e só eu te escuto.
Embale o baile que eu danço
com pés descalços e sem sonhos.
Quem virá dançar a música dos desejos dos que dançam no silêncio?



(Sandra Sucupira)