quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A RELIGIÃO, E AS FOBIAS SOCIAIS

      

              Fobias e homofobias, de quem é a culpa?

              Questão delicada, onde conceitos se chocam por falta do conhecimento humano, filosófico e até religioso. Talvez nos assustemos com o "novo": uma nova sociedade, um novo tipo de relacionamento humano, uma nova maneira de pensar o comportamento humano (nova maneira?), e diante de tudo isso ficam aqueles que diante do medo  do pensar de forma lívre e sem coação o "novo" entram em conflito com as novas formas de comportamentos humanos, ou com a conquista da liberdade de  exercer socialmente o que sempre existiu, e  que porém, conceitos religiosos coagiam a sociedade ao silêncio desumano. Afinal,  o que há de "novo" no mundo? Homosexualismo, relacionamentos homoafetivos é assunto "novo", ou a religião coagia à mordaça a liberdade de expressões sexuais ou de homoafetividade  fora das regras impostas por criações religiosas sobre o comportamento humano?  A religião desde seu surgimento como forma de organização,  coação e agregação (alienante) humana pensa dentro de uma regra criada por grupos religiosos que tinham como desejo  "o guiar a sociedade dentro de uma regra moral atribuida a um ser ou a vários seres divinos" como se fora seus representantes e porta-vozes, e conseguiram calar identidades e expressões humanas desconhecidas e dificeis  de serem vistas de forma natural (Natural?).
        Percebe-se claramente que a  sociedade despreparada está assustada e com medo dos  "novos" modelos de comportamentos, novos grupos sociais  humanos e relacionamentos: homoafetividade, casamentos homoafetivos, abortos, células troncos, novos tipos de formação familiar e até ausência de família como possibilidade de convivência social entre indivíduos que não desejam ter família nenhuma e sim viverem em grupos...etc. Medo por quê? Eu não sei, talvez medo de lidar com aquilo que não entendem ainda; e não entendem por terem-lhes faltado a liberdade do pensar sobre  expressões humanas desde o momento em que a religião lhes afirmou que tais expressões  eram um "pecado" um "erro"  e que isso ofendia aos deuses, aos seres ou ao Ser Divino e conduziram a raça humana a pensarem de uma só maneira.  Mas, a quem foi dado o conhecimento dos segredos da vida e do comportamento humano?  Vivemos numa sociedade do medo, cheio de fobias em relação ao que lhes parece novo, porém a homoafetividade existe desde a fomação das primeiras civilizações do mundo, e acredito que se tivessemos conduzido o ser humano dentro de um conheciento mais elevado e menos alienante estaríamos vivendo mais em paz com o novo e sem tantos conflitos existenciais e sociais em relação a este "novo" tipo de comportamento e relacionamentos sociais. 

       Para onde ir com o novo? O que fazer com as novas formas do pensar o ser humano?
       O que penso depois de tudo isso é que a sociedade deve reconhecer que não cresceu, ficou paralizada no tempo e no espaço durante seu tempo de  coação religiosa, e não sabe o que fazer com o "novo" e com a liberdade;  mas  agora, ao tentar acordar  depara-se com algo que lhe parece  assustador , pois   não entende, não sabe lidar com isso, e diante disso o que faz uma sociedade infantil? Vê "bichos-paões" em todos os lugares que lhes parece perigoso, mas, que tudo pode ser apenas fruto de imaginação, (eu disse "pode ser", ou não, não sei) de criança que não tem conhecimento. Tudo isso virou hoje uma "arte do pensar bem" a condição humana, e criança precisa aprender a pensar para depois poder elaborar conceitos e não bichos-papões. No fundo, todos nós somos como  crianças, pouco sabemos, e.... será que bichos-papões realmente existem?

       Tudo o que vejo no mundo é apenas uma evolução dos conceitos que outrora achávamos que era a definição correta,  comportamento correto, ou pensamentos corretos, e que hoje criamos e elaboramos novos conceitos daquilo que já tinhamos definido como certo, errado, bom e mal. E o que aconteceu? Estavamos errados?  Parece que sim, pois em muitas coisas concluímos que alguns novos conceitos estão errados e que para retornarmos aos antigos conceitos torna-se quase impossivel, e vice-versa. Situação difícil vive a sociedade,  que não sabe o que fazer com tantas coisas que surgem dia a dia. Onde vamos parar? Não sei, só espero que "crianças não briguem", conversem, e aprendam a conhecer o outro.