sexta-feira, 26 de maio de 2017

A MORTE DA FILOSOFIA


                                                  

                              A MORTE DA FILOSOFIA

        Há muito tempo o mundo deixou de renovar-se apresentando os atores desse movimento natural do devir do mundo, os filósofos,  pelo simples fato de que, os que  se dizem "filósofos", hoje,  não o conhece.     
       Talvez os que buscam essa arte transformadora desse "movimento" deixam-se enganar pelos sentidos, deixam-se acorrentar na ilusão da Caverna de Platão, onde a única coisa que vêem é a sua própria imagem, sua própria sombra, sua própria vaidade de si para si.  Deixaram-se embriagar pela paixão de si mesmo e se jogaram nas águas narcisistas do ego da intelectualidade humana, abandonando o mundo à mesmice, a inércia, a falta de mudança.
        Parafraseando Simone de Beavouir: "ninguém nasce filósofo, torna-se filósofo, e o universo da compreensão dessa arte não objetiva títulos e sim transformação de mundo, pois  o " mundo é movimento"(Heráclito), é um exercício para a vida, e em constantes acontecimentos.. Porém os que tem-se apresentado ao mundo com "proposta de mudança" ousam tentar enganá-lo com seus títulos inúteis, títulos que não produzem mudança, nem transformam o mundo, nem causam revoluções como faziam os filósofos pensadores da antiguidade, ou seja: os verdadeiros filósofos que mudaram  o mundo, a história e humanizaram os homens.
       O verdadeiro filósofo incomoda a inércia da falta de movimento, de vida, e luta contra parasitismo do pensar onde todos repetem o que todo mundo cita como "arte do devir filosófico" quanto o que se tem  é somente redundãncias sem nenhuma ação criativa, e o que seria filosofia se não a própria arte criadora e transformadora de vida? E se não há transformação, não há   Filosofia.

       Sócrates nunca escreveu nem uma obra, não adquiriu "títulos acadêmicos", mas sua filosofia mudou o mundo. Hoje estamos repletos de "filósofos" cheios de títulos e de espíritos vazios,  onde o eco é a única coisa que se ouve nessa caverna vazia e triste como castigo dos "deuses". Estamos cheios de títulos, e cheios de "filósofias de parede", onde o ego humano se orgulha em pendurar nele O FIM DA FILOSOFIA.


 Filosofa, Sandra Sucupira.



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